Capítulo 23 – O Convite e a Chegada
Naquela tarde silenciosa, a senhora olhou para Salimo e disse:
— “Amanhã, quero mostrar-te um lugar onde sonhos crescem como sementes. Vais perceber que o que tens feito até agora é apenas o começo.”
Ele quase não dormiu. O pensamento corria: “Será possível haver um lugar onde o trabalho simples se transforma em futuro?”
Na manhã seguinte, caminharam lado a lado. Quando atravessou o portão da Quinta Nicy, Salimo sentiu como se entrasse noutro mundo. O ar estava cheio de vida: o som das galinhas nas capoeiras, o barulho ritmado das máquinas, o aroma fresco de frutas a serem preparadas, o movimento de jovens a carregar caixas, a registar produtos, a aprender.
Ali não havia apenas aves. Havia incubadoras a transformar ovos em pintos, máquinas a misturar ração, espaços de processamento de frutas, legumes e verduras, sistemas de conservação e uma zona organizada de logística. Tudo interligado, tudo a pulsar como um coração produtivo.
Os olhos de Salimo encheram-se de brilho. Não via apenas instalações — via possibilidades. Cada espaço parecia sussurrar: “Aqui pode nascer um negócio. Aqui pode começar um futuro.”
Naquele instante, percebeu que a Quinta Nicy era mais que uma quinta: era um mapa de oportunidades para jovens como ele, um lugar onde o trabalho ganhava sentido e o sonho se tornava prática.
Tu Podes: Quando os olhos se abrem para as oportunidades, o coração aprende a sonhar grande e a mente começa a construir caminhos.