Capítulo 16 – Noites de Estudo
A rotina de Salimo não era fácil. Durante o dia ajudava a senhora nas tarefas: varria o quintal, carregava água, acompanhava-a ao mercado. Quando o sol se punha, já cansado, pegava nos cadernos. As aulas noturnas exigiam-lhe mais do que pensava ter para dar, mas a vontade de recuperar o tempo perdido empurrava-o para a frente.
Na sala, o cansaço pesava. Muitas vezes lutava contra o sono, mas insistia em manter os olhos abertos. Seguia cada palavra da professora como se fosse ouro. E, quando não entendia, fazia perguntas, sem medo de parecer atrasado. Os colegas mais atentos começaram a notar sua determinação.
Em casa, à luz fraca de uma lamparina, continuava a escrever. As letras tremiam no papel, mas estavam carregadas de esforço. Lembrava-se dos dias na rua e dizia a si mesmo: “Nunca mais quero voltar para lá.” Essa lembrança era combustível para continuar.
O corpo podia estar cansado, mas o coração estava firme. Aos poucos, começou a sentir que não era apenas aluno: era alguém que estava a reconquistar o direito de sonhar.
Tu Podes: Quando a vontade é maior que o cansaço, cada noite de estudo aproxima-te do futuro que mereces.