No marco dos 50 anos da independência de Moçambique, o empresário e presidente do Turismo em Vilankulo, Yassin Amuji, trouxe uma reflexão profunda sobre o significado real da liberdade conquistada em 1975. Para Amuji, a independência política não é suficiente se não for acompanhada por justiça social, oportunidades económicas e igualdade de acesso aos recursos do país.
“A luta contra o colonialismo terminou em 1975, mas não há independência plena onde reina a pobreza”, afirmou Amuji. “Enquanto os jovens fogem por falta de oportunidades e a maioria sobrevive com quase nada, não podemos falar de uma liberdade completa.”
Num discurso carregado de realismo e patriotismo, Amuji defende que o 25 de Junho deve ser mais do que uma data simbólica. É um convite à acção concreta, à definição de um novo rumo para os próximos 50 anos. Segundo ele, independência não é apenas o Hino ou a Bandeira, mas sim o acesso a educação de qualidade, serviços de saúde dignos, terras produtivas para quem trabalha e estradas em condições. É, sobretudo, um Estado que sirva o povo — e não os interesses das elites.
“Notam-se sinais de mudança, mas o povo exige urgência”, alertou o líder empresarial, destacando que as transformações devem ser sentidas por todos os moçambicanos, especialmente pelos que vivem em situação de vulnerabilidade.
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Para Amuji, a melhor forma de honrar os heróis da pátria não é com discursos, mas com luta diária contra os verdadeiros inimigos do desenvolvimento: a corrupção, a desigualdade, a má gestão dos recursos e os interesses obscuros — internos e externos — que prejudicam o progresso nacional.
“O 25 de Junho não é só passado — é chamado à responsabilidade”, defendeu. “Não é momento de divisão, mas de união entre o povo e o governo, para reorganizar as bases e retomar o caminho perdido, do Rovuma ao Maputo.”
Ao terminar a sua reflexão, Yassin Amuji reafirmou a sua crença no potencial do país. Disse que Moçambique tem força, tem história e tem futuro — mas esse futuro só será verdadeiramente sentido quando o povo, no seu dia a dia, viver os efeitos da independência territorial convertidos em independência económica.
“Independência real é ter dinheiro no bolso. É ver a dignidade no prato, na escola, no hospital, na estrada. É ver o país a funcionar para todos, e não apenas para alguns.”
O apelo de Amuji ressoa como um alerta nacional: a luta pela liberdade continua, agora com novas armas — consciência, organização, coragem e inteligência. E o futuro só será construído com todos, em unidade.