Manuel Bucuane, mais conhecido como Tico-Tico, o carismático eterno capitão dos “Mambas”, e Almiro Edson Daniel Lobo, Miro, ex-lateral-esquerdo e atual técnico-adjunto no Bravo de Maquis em Angola, foram as figuras escolhidas pelo “Desafio” para analisar a participação da seleção moçambicana no CAN-2023. Ambos concordaram de forma unânime que o desempenho da equipa nacional foi positivo.
O ex-ponta-de-lança, que ostenta 87 internacionalizações e 27 golos pela seleção moçambicana, expressou que os comandados de Chiquinho Conde “conseguiram surpreender” de maneira positiva, deixando uma impressão marcante da performance dos jogadores, mesmo com a saída precoce no torneio africano. Tico-Tico recebeu elogios não só de ex-colegas de profissão, mas também nos corredores da Confederação Africana de Futebol (CAF).
“Penso que, comparando com as participações anteriores, esta foi positiva. Pela primeira vez tivemos dois pontos, frutos de dois empates, tendo em conta que estávamos num grupo teoricamente difícil. Penso que em alguns desses jogos poderíamos ter ganho, falo do primeiro jogo, por exemplo, em que estivemos a ganhar, e mesmo com Gana, acredito que com um pouco de tempo poderíamos ter ganho o jogo. Mostrámos uma boa postura competitiva, marcámos dois golos e sofremos igual número de golos. Penso que, olhando para estes dois aspetos, deixámos uma boa imagem e acredito que há uma margem de progressão em relação aos jogadores”, afirmou Tico-Tico.
A análise das lendas do futebol moçambicano destaca não apenas os resultados conquistados, mas também a atitude competitiva e o potencial de evolução dos jogadores, sinalizando um horizonte promissor para o futebol nacional. A participação no CAN-2023 pode ser vista como um marco positivo, indicando um caminho encorajador para as futuras campanhas internacionais da seleção moçambicana.