O rapper moçambicano Nikotina FK voltou a usar as redes sociais para reforçar a importância do rap improvisado no panorama artístico nacional, ao mesmo tempo que destacou a escassez de nomes reconhecidos a nível popular que se dedicam a este estilo com consistência e qualidade.
Numa publicação recente, Nikotina provocou o público com a seguinte questão:
“Além de mim e Kadabra, vocês conhecem outro repista ‘famoso’ que sabe improvisar a este nível? Escrevam o nome de um só aí nos comentários, não dois, um só!”
A declaração sublinha a proeminência de Nikotina FK e Kadabra neste subgênero do rap, sendo considerados referências incontornáveis quando se trata de improviso com impacto e identidade moçambicana. Nikotina foi direto ao afirmar que, quando o assunto é organização de eventos com foco em freestyle rap, os nomes dele e de Kadabra são praticamente obrigatórios, justamente por representarem um nível técnico e artístico que atrai o público.
“Não é que é sempre nós, é que não há nenhuma pessoa popular que faça isto.”
O rapper também deixou uma reflexão madura sobre responsabilidade geracional, lembrando que tanto ele quanto Kadabra já estão na casa dos trinta anos, e por isso têm o dever de transmitir o legado às novas gerações.
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O posicionamento de Nikotina FK levanta questões importantes sobre a falta de continuidade e investimento no rap improvisado em Moçambique, assim como a necessidade de identificar, apoiar e dar visibilidade a novos talentos capazes de manter viva essa vertente artística, marcada pela criatividade instantânea e domínio lírico.
Nikotina FK, conhecido pelo seu compromisso com a verdade lírica e pela autenticidade no palco, reforça com esta publicação o seu papel não apenas como artista, mas como mentor e voz crítica da cultura hip-hop moçambicana.
