O cenário musical moçambicano está mergulhado em tristeza com o falecimento de Moisés Manjate, aos 104 anos de idade. Conhecido como o venerado patriarca da Marrabenta, Manjate deixou um legado imensurável na música de Moçambique, que ecoará para sempre nos corações dos amantes da música e na história cultural do país.
Nascido em 4 de Fevereiro de 1920, Manjate iniciou sua jornada musical de forma modesta, sendo autodidata na guitarra. Sua paixão pela música o levou a se destacar como membro fundador e figura proeminente da Orquestra Djambo, contribuindo significativamente para a evolução e estilização da Marrabenta, um dos géneros musicais mais icónicos de Moçambique.
O seu mais célebre sucesso, “Elisa Gomara Saia”, não só capturou os corações dos ouvintes, mas também se tornou um símbolo da genialidade de Manjate. Através dessa obra-prima, ele imortalizou sua arte e deixou um legado duradouro que transcenderá gerações.
Além de sua contribuição para a música, Manjate também deixa para trás uma família de talentosos músicos, que seguiram seus passos e herdaram seu amor pela arte. Seu impacto vai além das notas musicais; ele inspirou uma nova geração de artistas a abraçar sua herança cultural e a continuar a tradição da Marrabenta.
A partida de Moisés Manjate deixa um vazio irreparável no mundo da música moçambicana, mas seu espírito viverá para sempre através de sua música atemporal. Que sua memória continue a ser celebrada e sua música continue a inspirar e unir as pessoas, assim como ele fez ao longo de sua vida extraordinária. Moçambique chora a perda de um verdadeiro ícone da música, mas seu legado perdurará para sempre.