Na noite de 29 de janeiro, o magnata franco-libanês Iskandar Safa, conhecido como o dono da Privinvest, faleceu na França após uma prolongada batalha contra uma doença grave. A notícia da sua morte foi inicialmente divulgada pelo jornal “Le Monde”.
Em Moçambique, Iskandar Safa tornou-se uma figura conhecida, especialmente nas redes sociais e na mídia tradicional, durante o julgamento dos réus das chamadas “dívidas ocultas”. Este escândalo financeiro envolveu a alegada lesão ao Estado moçambicano no valor de 2.2 mil milhões de dólares norte-americanos.
O nome de Safa surgiu repetidamente no contexto das revelações feitas durante o julgamento das dívidas ocultas. Ele e o executivo Jean Boustani foram alvos de processos por parte do Estado moçambicano devido ao alegado envolvimento nos eventos que resultaram nesse fardo financeiro significativo.
O legado de Iskandar Safa permanece controverso, com opiniões divergentes sobre seu papel nas dívidas ocultas e seu impacto na economia moçambicana. Enquanto alguns o veem como um dos responsáveis pelos danos infligidos às finanças do país, outros podem recordá-lo como uma figura complexa que desencadeou debates sobre transparência e responsabilidade no setor financeiro.
A morte de Safa marca o fim de um capítulo tumultuado nas páginas das dívidas ocultas de Moçambique. À medida que a nação lida com as consequências desses eventos, a memória de Iskandar Safa permanecerá vinculada a um episódio que teve repercussões significativas em sua trajetória econômica e judicial.