Chapter 41 – Race Counseling
Na sala do PROSPERAR, o mentor Ernesto puxou uma cadeira para Salimo e abriu o caderno.
— “Vamos escolher com a cabeça e com os pés no chão. Diz-me: quanto espaço tens, que comida consegues garantir e qual é o teu objetivo principal?”
— “Quintal pequeno, zona suburbana. Consigo milho partido, algum farelo e verdes do bairro. Quero ovos férteis para o Hamza incubar, e que os pintos cresçam bem no quintal do Beto.”
Ernesto assentiu.
— “Então escuta. Boschveld: raça africana, rústica, aguenta calor e chuva, anda solta em pátios abertos, gasta menos ração e resiste melhor a doenças. Produz ovos de forma constante, não é campeã de postura, mas quase não te dá dor de cabeça.
“Koekoek: dupla aptidão. Boa postura, carne razoável, temperamento calmo. Aguenta bem criação ao ar livre e responde bem a alimentação simples.
“Black Australorp: excelente poedeira. Se tiveres ração regular e manejo certinho, dá muitos ovos. Precisa de um pouco mais de cuidado e alimentação de qualidade.
“Sasso: cresce rápido, ótimo para engorda. Pede ração mais proteica, mas dá peso de mercado depressa. Também põe ovos, porém o forte é carne.”
Ernesto virou a página.
— “Agora, caso real: queres ovos férteis que deem pintos fortes para engorda. Uma estratégia simples é cruzar galo Sasso com galinhas rústicas (Boschveld ou Koekoek). O pintinho herda rusticidade da mãe e ganho de peso do pai. Para manter volume de ovos, podes incluir 2–3 Australorp como poedeiras de elite.”
— “Então… quantas e quais eu compro?” — perguntou Salimo.
— “Começa com 6 Boschveld (coluna vertebral do teu lote), 2 Australorp (para empurrar a postura) e 1 galo Sasso (motor da engorda). Pouco risco, bom resultado.”
Salimo sorriu: agora a escolha tinha lógica.
Lição prática: define objetivo (ovos, carne ou ambos), estima o teu manejo (espaço, ração, clima) e escolhe raças que se complementam.
Tu Podes: A escolha certa hoje poupa erros caros amanhã.