Chapter 51 – United by the Dream
Com o tempo, os quatro jovens foram compreendendo uma verdade poderosa: cada um, sozinho, não teria passado da primeira etapa. Salimo, com o quintal pequeno, poderia até conseguir alguns ovos, mas nunca teria volume suficiente para sonhar mais alto. Hamza, mesmo com a incubadora, não teria como enchê-la regularmente sem ovos férteis. Beto, com o espaço amplo, só teria chão vazio sem pintos para criar. E Fito, por mais ágil que fosse na motorizada, nada teria para entregar se os outros não produzissem.
Aos poucos, perceberam que cada papel era indispensável. Não existia “um mais importante que o outro”. O ciclo só se completava porque cada um assumia a sua parte com responsabilidade. Foi essa consciência que os manteve firmes nos momentos de dificuldade: quando uma galinha adoeceu, quando alguns ovos não eclodiram, quando o preço da ração subiu, ou quando clientes não cumpriram horários.
Numa reunião ao cair da tarde, Hamza comentou: — “Se estivéssemos sozinhos, já tínhamos desistido.”
E Beto acrescentou:
— “Aqui não há espaço para falhar, porque todos dependem de mim. Isso obriga-me a dar o meu melhor.”
Essa união era mais do que prática, era também uma resposta à mentalidade comum no bairro: a de teorizar a vida sem agir. Muitos passavam horas a criticar o que faltava, a explicar como as coisas deveriam ser, mas nunca arriscavam na prática. Os quatro amigos descobriram que a teorização da vida não cria riqueza. O que gera transformação é trabalho visível, partilhado e consistente.
E foi essa certeza que os manteve unidos: o sonho de cada um era alimentado pela ação de todos.
Lição prática para o jovem leitor: une-te a quem está disposto a agir contigo. Palavras sem ação não constroem nada; mas responsabilidades partilhadas criam resultados.
Tu Podes: Quando te unes a outros pelo sonho e pela prática, o impossível começa a tornar-se realidade.