O debate sobre direitos autorais voltou a ganhar força nas redes sociais moçambicanas após uma publicação do músico Denny OG, que abordou a utilização de obras musicais por terceiros sem a devida autorização dos autores. Em resposta, o DJ moçambicano Dj Júnior recorreu às suas redes sociais para apresentar um ponto de vista que valoriza os covers como ferramentas de revitalização e preservação cultural.
Na sua mensagem, Dj Júnior reconhece que há mérito nas preocupações levantadas por Denny OG, mas chama atenção para outras dimensões da prática musical. Ele destaca que muitos covers têm o efeito positivo de ressuscitar canções e dar visibilidade a artistas que poderiam ser esquecidos. “Sabias que há artistas que os covers acordam a obra dele?”, questionou o DJ, sugerindo que a reinterpretação pode ser uma forma legítima de manter viva a herança musical.
Ao mesmo tempo, Dj Júnior apela para que se encontre um equilíbrio entre a proteção dos direitos autorais e a realidade prática dos artistas e DJs. Ele considera importante que o setor evite medidas extremas que, a longo prazo, possam prejudicar a promoção da música nacional em eventos. “Senão daqui a pouco proíbem DJs de tocarem músicas nas festas, e quem ganha é o internacional e quem perde?”, indagou.
Com essa intervenção, Dj Júnior contribui para o alargamento do debate, defendendo uma abordagem mais inclusiva e colaborativa, onde os dois lados — autores e intérpretes — possam coexistir de forma benéfica e equilibrada para o desenvolvimento da indústria musical moçambicana.