A cidade de Maputo prepara-se para render homenagem a uma lenda da música moçambicana, Chico António, cujas cerimónias fúnebres estão agendadas para esta terça-feira. A despedida terá lugar no Paços do Conselho Municipal, seguida por uma jornada de emoção e memória no Crematório Hindu, localizado no Cemitério de Lhanguene.
Chico António, cujo legado musical ecoou por décadas, faleceu aos 66 anos no último sábado, no Hospital Central de Maputo, vítima de uma doença que o retirou prematuramente do palco da vida. Nascido em 13 de maio de 1958, no distrito de Magude, província de Maputo, Chico tornou-se uma figura central na cena musical moçambicana.
O músico deixou uma marca indelével ao contribuir para bandas emblemáticas que fusionavam música com raízes nos ritmos tradicionais moçambicanos, como o Grupo RM e a Orquestra Marrabenta Star. Seu talento transcendeu fronteiras, levando-o a representar Moçambique em palcos internacionais.
Chico António trilhou caminhos musicais que o levaram a digressões em países tão diversos quanto Inglaterra, Holanda, Itália, França, Portugal, Suécia, Noruega, Dinamarca, Zimbabué, Guiné Conacry e Cabo Verde. Seu sucesso, forjado com maestria e autenticidade, tornou-o não apenas um ícone local, mas também um embaixador da riqueza musical de Moçambique ao redor do mundo.
O legado deixado por Chico António é palpável nas melodias que ecoam em sua ausência. Sua música não apenas animou plateias, mas também se tornou parte integrante da narrativa cultural moçambicana.
À medida que amigos, familiares e fãs se reúnem para as cerimónias fúnebres, a comunidade musical e além presta uma última homenagem a um artista cujo impacto transcendeu as fronteiras geográficas. Chico António será recordado não apenas pelas notas que compôs, mas também pelo espírito vibrante que trouxe à cena musical de Moçambique e além. Que sua música continue a ressoar e inspirar as gerações futuras a abraçar a riqueza e a diversidade da expressão artística moçambicana.