Desafios da Valorização Artística: O Caso do Show de Matias Damásio em Tete e a Desigualdade nos Cachês

A proximidade do aguardado show de Matias Damásio na cidade de Tete, marcado para o dia 02 de dezembro, trouxe à tona uma discussão incisiva sobre a desigualdade nos cachês, especialmente destacada no caso do artista local Jack Nhúsec.

Jack Nhúsec, representante da rica cena artística da província de Tete, teve seu cachê divulgado como 15 mil meticais. No entanto, a realidade revelada ontem mostra que o artista receberá 13 mil meticais, contrariando a informação promocional. Mais surpreendente ainda é o fato de que, até o momento, Jack Nhúsec não recebeu sequer 50% do valor prometido, enquanto o artista internacional Matias Damásio já recebeu integralmente seus impressionantes 2.520.000,00 meticais.

Este cenário levanta questões pertinentes sobre a valorização da música moçambicana e o tratamento dispensado aos artistas locais por parte dos promotores nacionais. A desvalorização, evidenciada pela disparidade nos cachês, questiona a equidade e a justiça dentro da indústria musical do país.

O caso de Jack Nhúsec destaca a vulnerabilidade financeira e a falta de transparência que alguns artistas locais enfrentam ao lidar com promotores. A não entrega antecipada de pelo menos parte do cachê agrava ainda mais a situação, levantando sérias dúvidas sobre a equidade nas negociações contratuais.

Diante dessa disparidade flagrante, surge a pergunta: que posição é possível adotar perante uma situação como essa? Seria justificável Jack Nhúsec se abster de se apresentar no show, considerando a discrepância substancial de cachê e o fato de ainda não ter recebido nenhum valor adiantado, enquanto Matias Damásio já desfruta do pagamento integral?

A resposta a essa questão é complexa e multifacetada. A decisão de participar ou não do evento depende de diversos fatores, incluindo o impacto que tal ato teria na carreira de Jack Nhúsec, nas relações com os promotores e na sua posição perante o público local.

No entanto, independentemente da decisão individual de Jack Nhúsec, esse episódio destaca a necessidade urgente de uma reflexão mais profunda sobre a valorização dos artistas locais e a ética nos negócios dentro da indústria musical moçambicana. A transparência, a equidade e o respeito pelos artistas emergem como elementos essenciais para garantir um ambiente mais justo e sustentável para todos os envolvidos na criação e promoção da música no país.

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