À medida que a estreia da segunda edição do “Vozes da Pérola do Índico” se aproxima, a expectativa cresce para testemunhar o talento inigualável de Daniel Joshua

Mais do que apenas música, este programa oferece uma visão íntima da vida e dos desafios enfrentados pelos artistas em Moçambique. Daniel Joshua, um destacado nome na nova geração do cenário musical moçambicano, não hesitou em compartilhar suas opiniões sobre a indústria e destacar as barreiras que os artistas nacionais enfrentam

O Desafio do Artista Moçambicano: Daniel Joshua abriu seu coração ao discutir os desafios de ser um artista no País da Marrabenta, apontando para a desvalorização dos músicos nacionais em comparação com os estrangeiros. Ele ressalta que, embora a cultura seja um catalisador vital para o desenvolvimento de um país, em Moçambique, a cultura não é priorizada, resultando em uma ausência no cenário musical global. O músico expressa sua preocupação com a comercialização da música, comparando-a à venda de tomates, mas também reconhece o esforço dos artistas em manter viva a cultura, mesmo sem o apoio adequado.

“Cultura é um grande catalizador de desenvolvimento num País, mas em Moz a Cultura não é prioridade, por isso não existimos no Mapa Mundial em termos de Música.
Aqui músicos comercializam música como se de tomate se tratasse, mas não lhes culpabilizo, ao menos mesmo sem apoio do Ministério estão fazendo algo pra que a Cultura não morra.
Esse factor contribue pra que o Artista Nacional não tenha valor em detrimento do estrangeiro, com a também falta de políticas funcionais, o mercado de música Nacional é um autêntico dumba nengue”, disse Joshua.

Ao abordar as possíveis soluções para revitalizar a cena musical moçambicana, Daniel Joshua destaca a necessidade de uma atuação mais proativa por parte do Ministério da Cultura. Ele enfatiza que o ministério não deve apenas fiscalizar e regular os movimentos artísticos no país, mas também defender, apoiar e investir mais na cultura. Joshua acredita que a falta de apoio institucional é um dos principais fatores que contribuem para a desvalorização do artista nacional em relação ao estrangeiro.

A Nova Geração e o Papel do Ministério da Cultura: Questionado sobre o papel da nova geração de artistas, Daniel Joshua expressa ceticismo em relação à capacidade deles de fazer mudanças significativas. Ele argumenta que se os artistas mais antigos não conseguiram superar os desafios, os novos talentos podem ter um impacto limitado. Joshua destaca a importância de uma atuação mais efetiva por parte do Ministério da Cultura, não apenas como fiscalizador, mas como um defensor ativo da cultura moçambicana, promovendo políticas que apoiem e incentivem os artistas locais.

”Se os Artistas antigos desconseguiram os new commers pouco podem fazer.
Na verdade os agentes de música já fazem seu papel, o Ministério da Cultura precisa cumprir com o seu papel, não só de fiscalizar, e regular todos movimentos Artísticos no País, mas também defender, apoiar e investir mais na Cultura” avança Joshua.

Qualidade não é o Obstáculo: Daniel Joshua ressalta que a qualidade da música moçambicana não é o problema. Ele destaca outros artistas notáveis, como Jimmy Dludlu e Rhodália Silvestre, que conseguiram cativar o público com suas performances. Joshua acredita que há talento e qualidade na cena musical moçambicana, mas a falta de reconhecimento e apoio adequado impede seu sucesso global. ”Como disse antes, não é por falta de qualidade que nosso música não sucede, existem muitos Artistas que conseguem levar o púpblico a loucura com as suas apresentações” afirma Joshua.

Uma das grandes promessas da música moçambicana, que está prestes a fazer sua estreia na segunda edição do “Vozes da Pérola do Índico”. Sua perspectiva franca sobre os desafios enfrentados pelos artistas locais destaca a necessidade urgente de uma mudança na abordagem da cultura em Moçambique. À medida que nos preparamos para testemunhar a estreia de Joshua, somos lembrados da importância de reconhecer e valorizar os talentos locais, construindo assim uma cena musical moçambicana vibrante e globalmente reconhecida.

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