“O que estamos a precisar nesse momento é qualquer coisa como 100 milhões de meticais para pagar as passagens, é isso que precisamos.”
declarou Alberto Simango Júnior, presidente da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), em declarações à imprensa após um encontro com o ministro da Juventude e Desporto, realizado para abordar a paragem do Moçambola, principal competição de futebol do país.
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A afirmação surge num contexto de crise logística, que forçou a interrupção do campeonato na quinta jornada, sem que a sexta tenha sido concluída. O principal obstáculo, segundo Simango, está relacionado com o aumento significativo nos custos das passagens aéreas, fator essencial para a deslocação das equipas pelo território nacional.
“No ano passado viajávamos com cerca de 21 mil meticais por atleta, e desta vez são 42 mil meticais“, explicou o dirigente, sublinhando que o encarecimento de quase 100% das tarifas é um dos grandes entraves enfrentados pela LMF. “São razões que a empresa tem, naturalmente, e que não cabe a nós discutir, mas isso criou dificuldades.”
Confrontado pelo jornalista Alfredo Júnior sobre a possibilidade de a LAM (Linhas Aéreas de Moçambique) praticar preços bonificados, Simango admitiu que isso representaria uma grande ajuda. Ainda assim, reafirmou que a Liga continua a mobilizar parceiros estratégicos, incluindo os próprios acionistas da LAM, que têm demonstrado abertura para apoiar na busca de soluções.
“A busca de parceiros está em curso. Os próprios acionistas da LAM têm nos apoiado bastante, assim como o Governo em várias outras áreas. Isso reforça a nossa crença de que as coisas vão correr para o lado positivo daqui para frente“, acrescentou.
A retoma do Moçambola 2025, de acordo com a LMF, dependerá diretamente da obtenção dos 100 milhões de meticais orçamentados para cobrir as necessidades logísticas da competição. A situação continua em aberto, com os clubes, jogadores e adeptos à espera de uma solução concreta que permita o regresso aos relvados.
