Dilon Ndjindji, compositor, intérprete, coreógrafo e bailarino moçambicano, nascido a 14 de agosto de 1927 em Marracuene, faleceu, deixando um legado profundo na música e cultura de Moçambique. Conhecido por sua contribuição na popularização do estilo musical marrabenta, ele também desempenhou papéis importantes no desenvolvimento de outros ritmos nacionais.
Desde cedo, Dilon demonstrou talento e paixão pela música. Aos 12 anos, construiu sua própria guitarra com apenas três cordas e uma lata de óleo, e aos 15 começou a tocar em casamentos e festas particulares. Ele inicialmente se dedicou aos estilos zukuta e mágica, mas foi na marrabenta que encontrou sua verdadeira expressão artística.
Após completar os estudos bíblicos no Seminário Ricalta em 1947, Dilon trabalhou como pastor na Ilha Josina Machel, onde desenvolveu sua ligação com a marrabenta. Em 1960, fundou o grupo musical “Estrela de Marracuene” e gravou seu primeiro álbum, *Xiguindlana*, em 1973. Ao longo de sua carreira, colaborou com diversas instituições culturais e participou em todas as edições do Festival Marrabenta.
Seu trabalho foi amplamente reconhecido, culminando em homenagens como a “Medalha de Mérito de Artes e Letras”, concedida pelo governo moçambicano em 2014. Suas canções, que abordam temas como o amor, a sociedade e a história de Moçambique, continuam a inspirar gerações de músicos.
Dilon Ndjindji será lembrado não só por seu talento musical, mas também por seu papel fundamental na preservação e evolução da música moçambicana.