A Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) está envolvida em um conflito com o Fundo de Promoção Desportiva (FPD) sobre o uso de mais de 1,2 milhões de dólares, destinados ao apoio da seleção sénior feminina de basquetebol. O montante, proveniente da TotalEnergies, foi alocado para cobrir as despesas da equipe nos Jogos Olímpicos. Contudo, a FMB acusa o FPD de desviar esses fundos, em violação do acordo estabelecido entre as partes.
O Secretário de Estado do Desporto, Gilberto Mendes, criticou a FMB por sua falta de organização e planejamento, sugerindo que a federação deve assumir a responsabilidade pelos problemas enfrentados. Mendes enfatizou que a FMB deve gerenciar a modalidade de basquetebol de forma mais eficaz e não transferir a responsabilidade para outros.
César Tique, vice-presidente da FMB, detalhou que a seleção nacional enfrentou atrasos devido à falta de liberação dos fundos pelo FPD. Segundo Tique, o dinheiro alocado pela TotalEnergies deveria ter sido canalizado diretamente para a FMB, mas foi transferido ao FPD, que não repassou os valores para a federação. Esse atraso comprometeu a preparação e viagem da seleção para o México, onde deveria participar da pré-qualificação para o Mundial de Basquetebol.
A FMB tentou obter recursos alternativos para viabilizar a viagem, mas a falta de confirmação das passagens e uma dívida do FPD com agências de viagens resultaram no cancelamento da viagem. A confusão impactou negativamente a equipe, levando à desistência de uma das principais jogadoras, Tamara Seda.
O FPD não respondeu às solicitações de comentário sobre a situação, deixando o caso envolto em incertezas. A situação destaca a necessidade urgente de uma maior transparência e coordenação na gestão de fundos para o desporto em Moçambique.
